Semáforo no vermelho... pessoas... semáforo aberto, carros, buzinas, fumaça, motocicletas...meu Deus, que loucura! Quem já teve a oportunidade de estar nem que seja por um dia na cidade de São Paulo pode notar o quão estressante é andar por suas ruas sempre abarrotadas de gente, bem como o infernal barulho produzido pelos milhares de carros que em questão de minutos trafegam pelas ruas e avenidas.
Mesmo diante desse frenesi todo, as vezes parece que do céu vem uma brincadeira de caça ao tesouro e então, é como se Deus permitisse que um sinal de esperança e paz viesse pousar em meio a essa correria toda. E quão bela, e quão delicada... uma borboleta em meio aos carros...
Esses dias, eu estava a conversar com uma amiga que mora na cidade de São Paulo e ali partilhando de nossas vidas, ela deixou “escapar” de sua boca a seguinte frase: “’tenho pensado muito em borboletas...quase sempre vejo uma ou outra... é tão difícil ver borboletas em meio a tantos carros... quando vejo uma a admiro, pois a vejo como um sinal de esperança.”
Estupendo! Magnífica frase! Quase que nem consegui prestar atenção no resto de nossa conversa, essa frase me fez viajar e porque não pensar em quantos carros em minha vida tem cerrado minha visão e a impedido de vislumbrar as borboletas. Ao ouvir essa fala pude também me recordar do que dissera o autor do livro O pequeno príncipe : “...é preciso suportar uma ou duas larvas se queremos ver a beleza das borboletas.”
A vida, é bem verdade, não é feita de rosas, nem tudo é tão belo como sonhamos, nem tampouco romântico como vemos nos contos de fadas, porém podemos fazer com que a vida seja mais bela, deixando-a com um toque especial, não porque só conseguimos ver aquilo que nos impede de enxergar o que é belo, mas sim, porque em meio a tantos obstáculos conseguimos enxergar o essencial.
Não deixemos que a beleza da borboleta em meio aos carros se perca. Admiremos sua suavidade, suas reviravoltas. Assim fazendo, estaremos nos treinando para enxergar as pequenas coisas que nos impulsionam para as maiores realidades. Pois, somente valorizando e percebendo as pequenas coisas, chegaremos às maiores.
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