quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Recebendo uma Cruz

Era madrugada... o sol ainda nem dera seus primeiros sinais no ocidente... ao longe, jovens andavam pelas ruas vazias de uma cidadezinha do interior paulista... alguns nas ruas, outros já agrupados... andando para onde? Agrupados para quê? Para uma grande missão: acolher a Cruz da Jornada Mundial da Juventude de 2013.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jovens testemunhas de Cristo

O sol mal acabava de se pôr, nós no alojamento já estávamos nos aprontado para caminhar até o local onde se realizaria as catequeses. Mochila nas costas, águas nas mãos saíamos alegres, cantando, rumo a um aprendizado para nossa vida e fortalecimento de nossa fé.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Programação para o dia 18

É isso aí pessoal! Está chegando o dia em que nós iremos acolher a Cruz da JMJ 2013 que chega ao nosso país no dia 18 de setembro, domingo próximo, confira a programação para este dia tão especial:

A JMJ 2011 e seus frutos

Há quase um mês do acontecimento da Jornada Mundial da Juventude soube nestes dias de um grande fruto deste encontro, fruto esse que se deu por um simples gesto. Conforme a matéria publicada no site da diocese de São Carlos, um casal espanhol enviou um e-mail agradecendo dois peregrinos de nossa diocese que lhe deram um cd de músicas do Congresso Eucarístico Diocesano, gravado em 2008.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O vigia e o cão

Você já conseguiu sonhar acordado? Talvez pelo cansaço do dia que teve ou pelas preocupações que acercam a mente, nossa capacidade criativa, alojada em nosso inconsciente, é capaz de vir à tona e lhe abre espaço para um sonho acordado. (não digo isso com embasamento psicológico, mas com comprovação empírica). Hoje um sonho acordado me chamou a atenção e explico o porquê contando o à você:

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As borboletas e os carros

Semáforo no vermelho... pessoas... semáforo aberto, carros, buzinas, fumaça, motocicletas...meu Deus, que loucura! Quem já teve a oportunidade de estar nem que seja por um dia na cidade de São Paulo pode notar o quão estressante é andar por suas ruas sempre abarrotadas de gente, bem como o infernal barulho produzido pelos milhares de carros que em questão de minutos trafegam pelas ruas e avenidas.
Mesmo diante desse frenesi todo, as vezes parece que do céu vem uma brincadeira de caça ao tesouro e então, é como se Deus permitisse que um sinal de esperança e paz viesse pousar em meio a essa correria toda. E quão bela, e quão delicada... uma borboleta em meio aos carros...
Esses dias, eu estava a conversar com uma amiga que mora na cidade de São Paulo e ali partilhando de nossas vidas, ela deixou “escapar” de sua boca a seguinte frase: “’tenho pensado muito em borboletas...quase sempre vejo uma ou outra... é tão difícil ver borboletas em meio a tantos carros... quando vejo uma a admiro, pois a vejo como um sinal de esperança.”
Estupendo! Magnífica frase! Quase que nem consegui prestar atenção no resto de nossa conversa, essa frase me fez viajar e porque não pensar em quantos carros em minha vida tem cerrado minha visão e a impedido de vislumbrar as borboletas. Ao ouvir essa fala pude também me recordar do que dissera o autor do livro O pequeno príncipe : “...é preciso suportar uma ou duas larvas se queremos ver a beleza das borboletas.”
A vida, é bem verdade, não é feita de rosas, nem tudo é tão belo como sonhamos, nem tampouco romântico como vemos nos contos de fadas, porém podemos fazer com que a vida seja mais bela, deixando-a com um toque especial, não porque só conseguimos ver aquilo que nos impede de enxergar o que é belo, mas sim, porque em meio a tantos obstáculos conseguimos enxergar o essencial.
Não deixemos que a beleza da borboleta em meio aos carros se perca. Admiremos sua suavidade, suas reviravoltas. Assim fazendo, estaremos nos treinando para enxergar as pequenas coisas que nos impulsionam para as maiores realidades. Pois, somente valorizando e percebendo as pequenas coisas, chegaremos às maiores.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O pentecostes

Durante os dias da Jornada o que mais me impressionava era a diversidade de línguas e culturas, povos de diversas nações reunidos em uma só fé. Confesso que no segundo dia de Jornada não era possível nem mesmo entender o português, mas com o passar do tempo os ouvidos foram se acostumando, afinal, dependendo do lugar em que estávamos, ouvíamos de seis a sete línguas ao mesmo tempo.
Certa vez, quando caminhávamos para ouvir uma das catequeses, entramos no metrô e pudemos nos deparar com um número muito expressivo de jovens, tinham ali juventudes de aproximadamente cinco países diferentes; todos estavamos muito alegres e entusiasmados... nos lábios cada povo trazia uma canção religiosa cantada em seu país.
Nesse momento me veio ao coração a passagem bíblia descrita pelo evangelista Lucas no livro dos Atos dos Apóstolos que diz: “E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas...” posso afirmar que esses seis dias de jornada foi uma experiência profunda do pentecostes na Igreja.
Cada um falava em sua língua, alguns poucos arriscavam algumas palavras num idioma que não era o seu, mas eis a graça, eis o milagre: mais de dois milhões de jovens, cada um falando em sua língua, mas se entendendo através de uma única expressão de linguagem: o amor.
Mesmo que não entendêssemos a língua um dos outros, enquanto cristãos sabíamos que falávamos uma única língua, e esta prevaleceu e foi muito usada nessa jornada, que é a linguagem do amor expresso na caridade de muitos peregrinos jovens. Muitas pessoas passaram mal, por conta do tempo quente e seco, mas como era bonito ver os irmãos se ajudando.
Uma cena que ficou em minha mente foi quando na vigília com o Papa, o sol nem havia se posto quando perto de mim estava uma menina passando mal, ela falava o espanhol, porém, a pessoa que a conduziu até perto de onde eu me encontrava falava o francês... como vi a menina ser abanada por uma camisa, peguei o leque que estava na mochila de uma das meninas do meu grupo e fui ajudar a refrescar a moça.
Cheguei, e fiquei ali por quase uma hora, quando a moça, que estava sentada pediu para se deitar, apoiando sua cabeça em minha perna ela permaneceu ali, deitada e eu a abanar... eis que então chegou a médica, que falava inglês, e então começou o pentecostes, para ajudar a moça fizemos o seguinte, um dos que estava conosco traduzia do espanhol para o inglês, a médica por sua vez passava as instruções para um holandês que falava francês e que traduzia para a mulher que naquele momento estava como responsável da jovem...bem, ela foi medicada, seus amigos chegaram e tudo correu bem.
Porém, pouco antes de tudo isso acontecer ela fez uma pergunta que me fez pensar ainda mais no pentecostes, ela disse: você não está cansado de ficar aí me abanando? Ao passo que respondi um simples e objetivo não, porém fiquei a pensar nessa pergunta e me veio uma resposta ao coração que não disse com palavras, mas tentei mostrar nos atos, qual a resposta? Quando se faz o bem não se cansa.
Eis a chave para entendermos o pentecostes! Os discípulos estavam alegres demais, cada um falando em sua língua própria, porém, todos se entendiam. E é assim ainda hoje na Igreja, muitos povos, muitas nações, mas todos nos entendemos porque o que fundamenta nossa fé não é uma mera gramática ortográfica, mas sim uma gramática que não se encontra nos livros e sim na vida de cada cristão que consegue expressar a linguagem do amor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ypê e a vida

Certa tarde, ao longe avistei, no jardim, uma árvore grande, porém com seus galhos secos. Não havia um verde se quer. Sem pensar muito, passei a mão em um machado, aproximei-me da árvore e num gesto brusco, levantei a ferramenta para dar o primeiro golpe e... eis que ouço um grito.
Ainda com o machado em punho olhei para trás e vi meu formador com um ar de quem reprovava minha ação. Logo pensei: ué? Por que não por abaixo essa árvore seca?...esperei que ele se aproximasse e lhe fiz a pergunta, eis sua resposta: “está árvore é um ypê, no inverno suas folhas caem, porém, peço que aguarde mais algumas semanas e verá se ela está morta.
Aguardei...o tempo passou e... para minha surpresa, numa manhã, ao sair de casa para as atividades daquele dia olhei para a árvore ‘morta’ e vi a beleza da vida, aliás, quase sempre na morte nos deparamos com a vida. Aquela árvore seca estava florida. Por um instante sentei e ao contemplar a cena que estava diante de meus olhos notei que a árvore estava seca, mas com flores belíssimas; na alma sentia uma exclamação: oh! res mirabilis! (oh coisa maravilhosa!).
Como pode de algo sem vida nascer a vida?...Quatro anos se passaram, ainda hoje a fotografia que minha mente tirou naquela manhã permanece em minha memória. Ao fechar os olhos posso como que contemplar novamente aquele pé de ypê. O que me remete para as inúmeras vezes que na vida desanimamos e achamos que nem vale apena seguir em frente.
É preciso nutrir nosso interior, como aquela árvore, exteriormente ela estava morta, porém, em seu interior continuava a trabalhar e a juntar forças para que em meio a tanta morte, tanto frio, pudesse brotar flores e fazer surgir a vida. Por muitas vezes o inverno castiga nosso coração, ou então, o calor demasiado tira nossas forças, mas sejamos como as árvores! Fortaleçamos, nutramos, nosso interior do alimento verdadeiro e então nossa seiva, uma vez fortificada, nos fará crescer cada vez mais e nos conduzira para o alto.