domingo, 25 de novembro de 2012

Refleti(n)do


Por Natália Xavier
Que visão peculiar era aquela a qual estava sujeito? Tão familiar e tão indefinível. Por que a imagem traduzida era tão distorcida? Escondido na gaveta de sua cômoda, tão desgastada pelo tempo e pela umidade, encontrou seus óculos. Nem fora capaz de recordar o quanto o ponteiro do relógio rodara sem que esses lhe fossem necessários. Nas atuais circunstâncias tal objeto se tornara parte do cotidiano. Era quase impossível enxergar sem eles.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

À flor da noite


Há alguns metros distante de minha janela um pé de “Dama da noite”, uma espécie de flor que, na primavera, se abre ao anoitecer e se fecha com os primeiros raios do sol. Faz poucos dias que a primavera começou e sua beleza já tem invadido nosso cotidiano, reservando-nos surpresas como a de num entardecer de domingo podermos sentir o mais doce perfume, da mais meiga flor. Mesmo estando plantada há metros de distância, faz com que por um milésimo de segundo paremos e nos deixemos envolver pelo seu aroma.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palavras Jogadas


Mortos, todos mortos! Uma moto, um tiro, um homem ao chão! Um homem? Um  ho-mem!? Em meio a tanta violência nem me parece que o que vemos noticiar é sobre homens e mulheres. Mortos, todos mortos! Vemos a mídia dizer que bandidos passaram com motocicleta e assassinaram cinco, seis, inúmeras pessoas.... ou ainda: bandidos ateiam fogo em ônibus...