Juventude massacrada!

”Basta que sejam jovens para que eu vos ame.", "Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.", "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele", "Ganhai o coração dos jovens por meio do amor", "A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos."

(Dom Bosco)

No começo do ano, o Brasil todo se espantou e, por parte de alguns, até incentivou o toque de recolher para menores de 16 anos ou, como em algumas cidades, para menores de 18. Um absurdo a meu ver!

Em meados de outubro, o Brasil perdeu Evandro João da Silva, coordenador do grupo Afro Reagge, responsável por ajudar centenas de jovens a terem uma vida digna e responsável. Evandro foi assassinado a tiros na madrugada de 18/10/09; os assassinos fugiram, entretanto, os policiais que passavam pelo local o viram agonizar e, ao invés de ajudá-lo, levaram seu tênis e casaco.

Hoje (30/12/09), espantei-me ao ouvir no noticiário o ato cruel e irracional de um Policial Militar na cidade de Curitiba- PR; o suposto policial, após abordagem, agrediu o menor com socos e pontapés. De acordo com o noticiário, o Secretário afastou o agressor e um outro policial que viu tudo.

2009 foi um ano de tristeza para nós jovens; inúmeros adolescentes morreram nas mãos de pessoas ditas de responsabilidade. A Igreja, preocupada com essa onda de violência entre os jovens, lançou uma Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio da Juventude.

Fico a pensar: para educar é necessário bater, espancar, utilizar de atos tão violentos e desumanos? Penso que não, a Polícia possui um trabalho sério de prevenção e de educação para inúmeros adolescentes e crianças, seria ignorância minha generalizar atos tão cruéis e atribuí-los a toda corporação da PM; existe Polícia séria e comprometida com a comunidade e com o futuro de nossos jovens.

Por que não conseguimos ter olhos humanos para menores infratores? Por que, ao invés de ficarmos à procura de meios para culpar e prender em flagrante inúmeros adolescentes, não nos reunimos ou dirigimos nossa reflexão para uma solução, uma saída que eduque com amor os nossos jovens? Não é com violência que se aprende, mas com amor e paciência por parte de quem educa.