O Brasil encontra-se em luto, pois ontem 7 de abril de 2011, cerca de 11 crianças e adolescentes foram assassinados em uma escola na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Se você ainda não está por dentro do acontecido confira a reportagem veiculada pelo Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão clicando aqui.
Eu sei que este artigo era para ser sobre desilusão, mas os fatos do momento nos levam a um questionamento sobre a realidade das crianças, adolescentes e jovens de nosso país.
O Ministério da Justiça publicou em fevereiro deste ano um levantamento acerca da violência no meio juvenil, o documento está intitulado como “Mapa da Violência 2011”. Nele podemos perceber que 63% dos jovens do Brasil morrem devido a violência. É um número alarmante e ao mesmo tempo questionador.
Por que há tanta violência contra nossos jovens? Como temos contribuído para que esse dado possa ser menor? O que teria levado esse rapaz a assassinar tantas crianças e adolescentes no Rio de Janeiro? Por que se assassina alguém?...
De acordo com testemunhas, Wellington Menezes, autor dos assassinatos na escola do Rio, era uma pessoa que durante sua infância e adolescência não possuía muitos amigos. Por ter um comportamento estranho e um jeito de ser que o diferenciava dos demais estudantes de sua época ele era muito zombado na escola, sobretudo, pelas meninas.
Talvez esteja aí uns dos porquês de Wellington ter retornado anos mais tarde na mesma escola e, poderíamos dizer assim, vingar-se dos estudantes de lá. Se esse testemunho é verdadeiro podemos classificar toda essa problemática enfrentada por Wellington como o famoso bullying.
Ele é muito presente nas escolas e acontece quando zombamos de alguém ou até o agredimos porque não aceitamos sua opção sexual, não aceitamos seu modo de se vestir, não aceitamos sua cor, raça. Bullying talvez possa ser tema para um próximo post, mas por hora, isso me faz lembrar uma frase bíblica que diz: Não olhe para o cisco do olho de seu irmão antes de arrancar a trave que há no seu.
Palavra forte e talvez um tanto que moralista, mas é bem por aí, ao invés de julgarmos as pessoas porque não nos aproximamos delas e tentemos ajuda-las? Se você é cristão, coordenador de grupo de jovens, catequista, integrante de algum grupo ou movimento, como seu grupo tem trabalhado com as diferenças?
É triste chegar a tal conclusão, mas muitas vezes temos belas palavras em nossas reflexões, em nossos grupos, mas elas ficam presas nas quatro paredes de nossas Igrejas ou locais de reunião. Isso nos impede de abrirmo-nos ao diferente. E como acolhê-lo? Mostrando-o que ele é importante para a Igreja, para a sociedade, para a comunidade. Fazer com que ele se sinta alguém. Todo jovem, ou quase todos, querem ser notados, querem por a mão na massa, falta-lhes quem lhes dê espaço.
Sabemos que somente oração não ajuda é necessário também obras. (cf São Tiago 2,17) Essas obras nem sempre passam apenas por uma boa direção espiritual, mas também devem conduzir o jovem, o adolescente, a criança, para um acompanhamento profissional no âmbito psicológico, psiquiátrico e ciências afins.
Às famílias das vítimas do Rio ofereço minhas orações, bem como peço a você querido leitor (a) que reze por eles, mas que também faça algo para que outras cenas como esta não se repitam em nosso país, em nosso mundo. Ame mais, acolha mais!
Fontes:
Sagrada Escritura
Mapa da Violência 2011
Oi Robinho!
ResponderExcluirAdorei seu post!
Esse fato superveniente traz à tona várias questões: a discriminação no ambiente escolar e social, a doença psiquiátrica e as consequencias dessa mistura explosiva, quando o atingido é um sociopata!
Beijos
Muito bom, Robson. Essa é mesmo a reflexão que precisamos fazer: Será que estamos levando nossa pregação pra fora das paredes das igrejas?
ResponderExcluirQue Deus ilumine essas famílias que tanto sofrem nesse momento!
Que os cristãos possam sair de suas tocas e "por a mão na massa".
Tenho um amigo que sempre diz que: Fé é atitude!
Precisamos agir...
Post muito bem. Nos faz pensar realmente como deveríamos agir no nos dias de hoje, onde temos tanta violência, realmente o famoso 'bullying' pode e talvez seja causa de tanta 'discórdia'.
ResponderExcluir