quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apologia ao 6%


Uma crítica  à mídia  e ao sistema educacional

Tirem as crianças da rua! Coloquem-nas atrás das grades! Vamos! Corra! Ali, ali! É uma criança! Qual seu nome moleque? Vai diz! - Meu nome é...- quantos anos? Vai, responde... quantos? dezesse... está preso em nome da lei.

domingo, 21 de abril de 2013

Perfeita combinação


Quase sempre, e isso se tornara comum, duas pessoas de sexo oposto se cruzavam pelas ruas da pequena cidade. Em cada bom dia ou boa tarde era inevitável a troca de olhares. Ele se sentia tão só... ela, embora tivesse tido um grande amor, sofrera grande desilusão e, num processo inverso aos de contos infantis, o príncipe se transformara em sapo. Ora! Dois corações, ainda que não se conhecessem, buscavam uma só coisa: alguém para dividir a solidão.

domingo, 14 de abril de 2013

A menina que guardava sonhos


Quem na adolescência não relatava a emoção de seus dias nas páginas de um diário? Páginas de papel que hoje deram lugar às virtuais, mas todos, crianças, adolescentes querem registrar cada dia de sua história e em cada um deles escreve como se já pudesse prever o futuro e então escreve sobre seu presente, mas também contando e pensando nos seus sonhos, projetos, ainda que tenha pouca compreensão acerca do que quer na vida. Talvez aquele namoro, aquela amizade, os sonhos que se misturam nas páginas de um diário vão mais nesse sentido ao invés de realização profissional.

domingo, 7 de abril de 2013

Sonho de Padaria


Existem alguns alimentos que tem o fantástico poder nostálgico de nos fazer, ainda que por um instante pequeno e único, voltarmos à nossa criancice; algumas comidas e bebidas trazem consigo certo gosto de infância. Sabe um daqueles dias que você acorda com uma vontade enorme de comer um doce? Foi assim que acordei hoje.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Palhaço


Uma missa como outra qualquer e lá, da primeira fileira de bancos, um menino encarava-me sorrindo, querendo brincar de esconde-esconde entre as pessoas e bancos que nos separavam. Esbocei também alegria em minha face e retribui a brincadeira. De repente, ouço o menino dizer para a mãe: - mãe olha o palhaço!

terça-feira, 2 de abril de 2013

O pão nosso


Lembro-me das palavras do padre a dizer: fechemos nossos olhos, reconheçamos nossas culpas diante de Deus... Pouco antes de fechar meus olhos dei uma espiadela ao redor e vi no banco da Igreja uma menina que com piedade e devoção segurava suas pálpebras juntas, bem trêmulas, era possível perceber que na inocência de criança fechara os olhos, mas os deixou entreabertos tendo por cortina os cílios para assim não perder nada do que acontecia ao seu redor.